O universo do cavalo crioulo segue em constante evolução, e as provas funcionais são a alma dessa transformação. O empresário e fundador, Aldo Vendramin destaca que o Crioulaço e a Doma de Ouro são dois dos eventos mais emblemáticos do circuito nacional, reunindo tradição, técnica e paixão pelo campo. Ao entender as novas regras, o calendário e a preparação adequada do animal é essencial para quem deseja competir em alto nível e preservar a essência da raça.
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O que mudou no Crioulaço 2025?
A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) apresentou novidades importantes para o Ciclo do Crioulaço 2025, reforçando o compromisso com o bem-estar animal e a segurança dos competidores. Entre as principais atualizações estão:
- Novas categorias e ajustes de pontuação, permitindo maior equilíbrio entre duplas experientes e iniciantes;
- Fiscalização ampliada de bem-estar, com foco em manejo humanizado, transporte e período de descanso;
- Revisão dos regulamentos de armadas e tempo, garantindo provas mais técnicas e menos exaustivas para os cavalos;
- Modernização do sistema de inscrições e ranking, que agora pode ser acompanhado online pelos competidores e criadores.
Essas mudanças fortalecem o objetivo central do evento: valorizar o cavalo crioulo como um atleta funcional completo, capaz de unir rusticidade, velocidade e docilidade. Tal como explica Aldo Vendramin, o Crioulaço é mais do que uma competição, é uma vitrine da qualidade genética e da cultura de campo que define a raça.

A importância da Doma de Ouro e suas novas diretrizes
Já a Doma de Ouro 2026 promete consolidar um novo padrão de treinamento e relacionamento com o animal. A prova, que consagra os melhores domadores do Brasil, adota um modelo de doma racional, baseado na confiança, paciência e leitura do comportamento do cavalo.
Para 2026, as diretrizes reforçam:
- O tempo mínimo de descanso entre etapas, evitando sobrecarga física e mental;
- A obrigatoriedade de acompanhamento veterinário nas fases de adestramento e nas apresentações;
- O uso de equipamentos adequados, respeitando a integridade física do animal.
Segundo o senhor Aldo Vendramin, essa evolução reflete um novo olhar sobre o treinamento, pois a boa doma é aquela que ensina sem ferir, que prepara o cavalo para responder com confiança, não com medo. Esse conceito se alinha a tendências internacionais de bem-estar e ética no esporte equestre, elevando o padrão do crioulo brasileiro.
O calendário das competições e o caminho até a final
O Ciclo 2025 do Crioulaço já começou com etapas classificatórias em diversas regiões do país, culminando na Final Nacional, que ocorre tradicionalmente na Expointer, em Esteio (RS). As seletivas regionais seguem um formato padronizado, com categorias Amador, Aberta, Feminina e Jovem, incentivando a participação de novos laçadores e ampliando a presença da família nas provas.
Para os domadores, o Ciclo da Doma de Ouro 2026 terá inscrições abertas ainda em 2025, com fases classificatórias regionais antes da grande final. A expectativa da ABCCC é de recorde de participantes e crescimento da audiência digital, graças à transmissão ao vivo e à interação nas redes sociais.
Preparando o cavalo para a temporada
Participar de provas como o Crioulaço ou a Doma de Ouro exige preparação técnica, física e emocional, tanto do cavalo quanto do cavaleiro. Entre os cuidados recomendados por Aldo Vendramin estão:
- Condicionamento físico gradual: comece o treino com trotes leves, exercícios de flexão e trabalho de rédea.
- Rotina alimentar equilibrada: ajuste a dieta com base no gasto energético, sempre com acompanhamento de um zootecnista.
- Avaliação veterinária periódica: exames clínicos, odontológicos e musculares antes e durante o ciclo de treinos.
- Treinos curtos e consistentes: evite exaustão; o cavalo aprende melhor em sessões breves e positivas.
- Descanso e socialização: manter o animal solto em piquetes e permitir interação com outros cavalos reduz o estresse.
A preparação também envolve o manejo do cavaleiro, postura, equilíbrio e domínio técnico são fundamentais para uma apresentação segura e fluida, como frisa Aldo Vendramin.
Equipamentos, segurança e ética nas provas
Os regulamentos atualizados priorizam a segurança e o respeito ao cavalo. Entre as exigências estão o uso obrigatório de capacete e colete protetor, tanto nas provas de laço quanto nas etapas de doma. O uso de apetrechos que causem dor ou desconforto é expressamente proibido.
Conforme o senhor Aldo Vendramin, o sucesso de um competidor está no equilíbrio entre desempenho e cuidado, ganhando respeitosamente e com o cavalo ao lado, e não sob pressão. Essa filosofia é o que diferencia o cavalo crioulo das demais raças: ele é um parceiro de trabalho, dotado de sensibilidade e força.
O cavalo crioulo como símbolo de versatilidade
O cavalo crioulo se tornou referência por sua versatilidade, sendo utilizado tanto em provas esportivas quanto no manejo de campo. A rusticidade e a inteligência são marcas registradas da raça, que se sobressai em diferentes modalidades: laço, rédea, enduro e até cavalgadas de longa distância.
Esse perfil multifuncional é o que faz do cavalo crioulo o mais representativo do sul do Brasil e, cada vez mais, um destaque internacional. Eventos como o Crioulaço e a Doma de Ouro reforçam o vínculo entre tradição, genética e desempenho, consolidando um padrão de excelência.
A agenda de provas do cavalo crioulo em 2025 e 2026 mostra um setor em plena evolução, mais profissional, técnico e consciente do bem-estar animal. O Crioulaço e a Doma de Ouro são exemplos de como tradição e modernidade podem caminhar juntas, valorizando tanto o competidor quanto o cavalo. Participar desses eventos é mais do que buscar um troféu: é celebrar a cultura, o campo e o vínculo entre homem e cavalo.
Autor: Jinjo Pantor
