O Instituto IBDSocial evidencia que a equidade no acesso à saúde deve ser tratada como prioridade para que o sistema consiga atender com dignidade todas as pessoas. Diferente da igualdade, que busca oferecer os mesmos recursos a todos, a equidade reconhece que existem necessidades distintas em cada grupo social e que, por isso, os recursos e estratégias precisam ser ajustados para garantir condições reais de cuidado. Esse princípio é fundamental para reduzir desigualdades históricas, ampliar a inclusão e fortalecer a confiança da população nos serviços de saúde.
Equidade como princípio para reduzir desigualdades sociais e regionais
Segundo o Instituto IBDSocial, a equidade é especialmente importante em um país com grande diversidade social, cultural e territorial. Populações que vivem em regiões rurais, comunidades ribeirinhas, áreas de difícil acesso ou periferias urbanas enfrentam barreiras diferentes, que vão desde a distância física até a falta de profissionais especializados. Políticas que levam equipes de saúde itinerantes a esses locais, programas de transporte sanitário e a expansão da atenção primária são medidas que reduzem essas desigualdades. Reconhecer tais especificidades é garantir que o direito universal à saúde seja respeitado de forma concreta.

Inclusão como resultado de práticas adaptadas às realidades locais
De acordo com o Instituto IBDSocial, a inclusão só acontece quando os serviços de saúde são pensados a partir das necessidades reais da população. Isso significa adaptar protocolos, capacitar profissionais e investir em programas específicos para determinados grupos. A atenção diferenciada à saúde indígena, os programas de prevenção direcionados a comunidades quilombolas e o acompanhamento de gestantes em regiões vulneráveis são exemplos de práticas equitativas. A inclusão, nesse contexto, não se limita ao acesso físico a uma unidade de saúde, mas envolve a adaptação dos serviços para que sejam eficazes e humanizados.
Transparência e ética como elementos que fortalecem a confiança
O Instituto IBDSocial observa que promover equidade exige também uma postura transparente e ética na gestão. A população precisa compreender de que forma os recursos são alocados e quais critérios definem prioridades. Quando há clareza nos processos, fortalece-se a confiança no sistema e amplia-se a percepção de que o atendimento é justo. A ética, nesse cenário, não se resume a princípios abstratos, mas se traduz em decisões concretas que impactam diretamente o cidadão, reforçando o compromisso com a dignidade e a responsabilidade social.
Estratégias práticas para ampliar a equidade no acesso à saúde
O Instituto IBDSocial comenta que algumas estratégias podem tornar a equidade mais presente no cotidiano do sistema. Entre elas, destaca-se o fortalecimento da atenção primária, que aproxima os serviços das comunidades e atua como porta de entrada para prevenção e acompanhamento.
Outra medida importante é o uso da tecnologia, como aplicativos de agendamento e teleconsultas, que permitem ampliar o acesso mesmo em locais com carência de unidades físicas. Além disso, é fundamental investir em infraestrutura acessível, com rampas, sinalizações inclusivas e profissionais capacitados para atender pessoas com deficiência. Essas práticas tornam o atendimento mais inclusivo, eficiente e transparente.
Equidade como caminho para um futuro mais digno e sustentável
O Instituto IBDSocial conclui que adotar a equidade no acesso à saúde é construir um sistema mais justo e sustentável. Ao reconhecer que diferentes grupos sociais precisam de respostas diferenciadas, fortalece-se o direito universal à saúde e amplia-se a efetividade das políticas públicas.
Esse modelo reduz desigualdades, melhora a qualidade de vida da população e gera benefícios econômicos, já que cidadãos saudáveis contribuem mais ativamente para o desenvolvimento social. A equidade, portanto, não deve ser vista apenas como um ideal, mas como uma prática necessária para garantir dignidade, ética e eficiência em todos os atendimentos.
Autor: Jinjo Pantor