Segundo Gabriel Mit, o streetwear sempre foi um reflexo das mudanças culturais e sociais, oscilando entre a exibição extravagante de logos e a sofisticação discreta do design minimalista. Enquanto algumas marcas apostam em estampas marcantes e branding explícito para reforçar sua identidade, outras preferem cortes limpos e detalhes sutis que falam por si só. Essa batalha entre logomania e minimalismo não é apenas uma questão de estilo, mas também uma estratégia de mercado e posicionamento no universo fashion.
Por que a logomania continua tão relevante?
Desde os anos 90, a logomania tem sido uma ferramenta poderosa para marcas que desejam reforçar seu status e criar desejo imediato. Logos grandes e chamativos transmitem exclusividade, pertencimento e até ostentação, tornando-se um símbolo de identidade para quem os usa. Colaborações entre gigantes do streetwear e marcas de luxo, como Supreme x Louis Vuitton, só impulsionaram essa tendência, tornando o logotipo um elemento central na cultura sneakerhead e no hype das edições limitadas.
Além disso, Gabriel Mit também ressalta que a ascensão das redes sociais fortaleceu essa obsessão por logos, já que peças altamente reconhecíveis geram mais engajamento e se tornam virais rapidamente. Influenciadores e celebridades alimentam essa cultura, onde vestir um moletom com um logo gigante da Balenciaga ou Off-White é mais do que moda—é uma declaração de status e pertencimento a um grupo seleto.

O que impulsiona a tendência minimalista no streetwear?
O minimalismo, por outro lado, ganhou força como uma resposta ao excesso da logomania, focando na qualidade e no design atemporal. Marcas como A-COLD-WALL, Fear of God e COS apostam em cortes refinados, paletas neutras e uma abordagem quase arquitetônica para suas peças, explica GbrMiT. Essa estética mais clean atrai consumidores que buscam exclusividade sem a necessidade de uma identidade visual gritante.
Outro fator importante é o crescente interesse pela moda sustentável, já que o minimalismo está diretamente ligado ao consumo consciente e à longevidade das peças. Gabriel Mit detalha que em vez de seguir tendências passageiras impulsionadas pelo hype, muitas pessoas preferem investir em roupas versáteis e de alta qualidade, que não saem de moda tão rapidamente.
Existe um equilíbrio entre os dois estilos?
Embora pareçam opostos, logomania e minimalismo podem coexistir e até se complementar dentro do streetwear. Algumas marcas encontram um meio-termo ao incorporar logos discretos em designs minimalistas, como a Nike ACG e a Y-3, de Yohji Yamamoto, que equilibram branding e sofisticação. Outras, como a AMI Paris, apostam em logotipos reduzidos que mantêm a identidade da marca sem comprometer a elegância, como detalha o entusiasta Gabriel Mit.
O ciclo da moda é dinâmico, e a tendência sempre oscila entre o maximalismo e o minimalismo. O segredo para as marcas está em entender seu público e saber quando apostar no impacto visual ou na sofisticação silenciosa. No fim, seja com um logo estampado na peça inteira ou com um corte impecável e sem nenhum nome visível, o que realmente importa é a autenticidade da proposta.
Autenticidade como tendência: a nova era do estilo nas ruas
No embate entre logomania e minimalismo, o streetwear continua a evoluir, refletindo mudanças culturais e preferências de consumo. Enquanto os logos exagerados seguem como símbolos de status e pertencimento, o design minimalista ganha força com sua sofisticação e apelo atemporal. No fim, Gabriel Mit frisa que a moda é cíclica, e a verdadeira tendência é a autenticidade—seja por meio de um branding ousado ou da sutileza no design.
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